sábado, 4 de setembro de 2010

DEPRESSÃO

Infinita dor que nos sufoca e nos aniquila, um mundo totalmente sem cores, sem luz, sem vida. Um deserto dentro do peito que nos sufoca e invariavelmente leva-nos a um desespero desconhecido daqueles que procuram entende-lo didaticamente. Desconhecido na maioria das vezes até por aqueles que dela sofrem.
Como explicar a angústia que causa tamanha dor, que chega a ser sentida fisicamente?
E como querer que alguém entenda tal coisa?
Como alguém que não a sente pode entendê-la?
É penoso quando gritamos sem emitir som algum para que alguém nos ajude.
E mais penoso ainda é alguém querer ajudar sem saber como.
Já havia ouvido falar de depressão antes de descobrir que sofria também deste mal. Mas como a maioria das pessoas, acreditava que era normal sofrer em algum momento de nossas vidas.
Eu só não sabia que sofria o tempo todo. E sabia menos ainda que a maioria das pessoas sente a mesma coisa achando também que é normal.
Alguns me disseram que depressão não tem cura.
Outros que podemos viver muito bem, sabendo controlá-la através de remédios, terapia, etc. Mas encontrei raros que, como eu hoje sei, me disseram que sim, há cura. E esta cura, encontrei a partir do momento em que acreditei na minoria. Nem sempre o que procuramos iremos encontrar onde todos procuram.
Existem caminhos alternativos, mas o medo nos impede de trilhá-los.
Mas mesmo acreditando nestes caminhos, é muito difícil vencer o medo. Às vezes, sentimo-nos quase que impossibilitados pelo medo. Ele nos paralisa.
Neste momento precisamos de algo mais. Algo ou alguém de fora que nos impulsione de encontro à cura.
E quando não encontramos ninguém é necessário que encontremos algo.
Eu acreditei. Tive medo. Muito medo. Mas encontrei. Alguém sim. Mas quem encontrei, ofereceu-me amor, mas não soluções. Então precisei encontrar algo que retirasse tão grande mal de dentro de mim.
E encontrei.
Eu acreditei que me curaria. E me curei.

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