domingo, 12 de maio de 2013

domingo, 2 de setembro de 2012

CAMINHO DE LUZ


Uma compreensão e auto cura para a depressão e obsessão.

Dedico este livro ao Felipe, Augusto e Luci que de formas diferentes, me apoiaram e me ajudaram a escreve-lo.
Dedico também aos protetores e amigos espirituais que todos temos e que estão sempre a nos apoiar em tudo o que fazemos com amor.
E quero também dedicar a todos que sofrem e não querem mais sofrer e a todos os que sofrem e não sabem.



"Advirto, seja quem fores!

Ó tu, que desejas sondar os arcanos da natureza;

senão achares dentro de ti aquilo que procuras,

também não poderás encontrar fora.

Se tu ignoras as excelências de tua própria casa,

 como pretende encontrar outras excelências?

Em ti está oculto o tesouro dos tesouros."

 (Inscrição do Templo de Delfos - Grécia)




INTRODUÇÃO

Todo ser retorna a Deus, sempre.
Quando somos pegos de surpresa na vida encarnada, ou seja, no corpo físico, e somos chamados para a nossa verdadeira pátria espiritual, é porque o nosso tempo na Terra já encerrou.
Temos que voltar para começar uma nova etapa e darmos continuação a nossa tarefa perante o Nosso Pai Maior.
Não podemos ficar parados no tempo, porque tempo é algo ilusório. Só usamos o tempo quando estamos encarnados.
Porque na Terra tudo é passageiro, portanto, ilusório.
Nós somos seres eternos e o sofrimento também é uma ilusão.
Permanecer na dor é permanecer no tempo. É permitir que o sofrimento seja o nosso eterno companheiro.
Sim, porque quando sofremos parece-nos que será para sempre.
Mas nada é para sempre. Pelo menos não aquilo que aprendemos a dar significado na Terra. Existe muito mais além do que aprendemos, aqui, no mundo dos encarnados ou dos vivos.
Mas Jesus nos disse:
"A verdadeira felicidade não é deste mundo".
Basta apenas dar uma chance a nós mesmos e vivermos intensamente a felicidade de que todos somos
portadores. Estaremos então, vivenciando a felicidade deste mundo que Jesus nos pronunciou.
Elevemos nossos pensamentos a Deus e vamos ter a humildade de lhe agradecer a dádiva divina de nunca, jamais estarmos sozinhos.
Sempre teremos junto de nós, onde quer que estejamos, amigos, irmãos, companheiros, que nos amam com sinceridade e nos ajudarão sempre. Basta pedir. Clamar a Deus, desejar encontrar a paz, o amor. Isto é uma oração.
O amor é a própria oração.
Há muito que descobrir. Não podemos estacionar. A felicidade existe. Quando desbloqueamos nossos corações dos sentimentos negativos como vingança, ódio, tristeza, quando deixamos de acreditar que "o mundo é injusto e que não temos participação no que nos acontece de mal", deixamos a corrente de amor e luz correr livremente dentro de nós. A sensação é de verdadeira e intensa felicidade. Deixamos de pensar por momentos que é como se fossem anos, séculos, tão intensa é a libertação que toma posse de nosso coração.
Tenho certeza de que esta vida é apenas uma passagem e que a verdadeira felicidade nos espera num lugar maior, junto a Nosso Pai.


MEU DEPOIMENTO

Quero dizer a vocês que, tudo o que aqui escrevo, é o que penso e sinto, a partir das experiências pelas quais passei.
São relatos e idéias que adquiri no decorrer da minha vida e da experiência que tive que me fez olhar a vida, não de uma forma diferente, mas de muitas e novas formas diferentes.
Não digo que são formas ou idéias certas ou erradas. E nem inovadoras.
Mas sim que as experiências e as conclusões que obtive a partir delas, serviram para me direcionar em todos os aspectos de minha vida. Isto não quer dizer necessariamente que seja regra geral.
Li sobre muitas coisas que aqui escrevo, mas só ler não resolve. Quando algo dentro de nós nos diz que aquilo que estamos tomando conhecimento pode funcionar, temos que colocar em prática, porque se aquilo deu certo para alguém é porque este alguém o colocou em prática na sua vida. Conhecimento guardado é o mesmo que guardar uma roupa porque gostamos dela e dizemos que na ocasião certa iremos usá-la, e esta ocasião nunca aparece até que quando resolvemos tirá-la do armário para usar ou simplesmente para dar uma olhada, ela esta corroída por traças ou nos damos conta que esta totalmente fora de moda. Poderíamos tê-la usado e ela nos teria sido útil em outras ocasiões de nossa vida.
Quando encontramos algo que nos inspire, não percamos tempo, apliquemos aquilo em nossa vida no momento que necessitarmos. Ao deixarmos para amanhã estaremos adiando o que queremos hoje. Estas conclusões podem não parecer lógicas para alguns, ou equivocadas para outros.
Existem profissionais experientes, que estudaram muitos anos, e talvez chegaram a estas e outras tantas conclusões sobre estas mesmas experiências. Por isso repito:
"Estas são as minhas conclusões, seguindo a minha linha de raciocínio que adquiri a partir de minhas experiências".
Acredito que para alcançar nossos objetivos, existem muitos caminhos. Inúmeros. Aqui escrevo sobre os meus objetivos e o caminho que escolhi e que trilhei.
E se alguém encontrar algo aqui, parecido com coisas ou situações já vividas antes ou atualmente, saiba que muitos valores que adquirimos, acreditando que a felicidade encontraremos aqui, encarnados nesta vida, são as ilusões que nos empurram para a roda das reencarnações.
E são destas ilusões que precisamos nos libertar.



O PORQUÊ DESTE LIVRO

Vou relatar aqui a experiência pela qual passei em minha vida e que foi o empurrão que eu precisava para enxergar o que estava acontecendo comigo.
Todos estamos em constante busca em nossa vida.
Buscamos riqueza dos mais diversos tipos: riquezas em ouro, poder, conhecimento, sabedoria...
Eu também estive em busca de muitas coisas durante minha vida.
Não sei quando começou. Mas sei quando encontrei.
Não encontrei o que procurava. Mas o que encontrei é tudo o que preciso.
Não tenho palavras para descrever esta riqueza que encontrei.
Mas posso dizer onde encontrei: dentro de mim mesma.
A única coisa que tenho certeza, hoje, depois de quatro anos é que eu lutei desesperadamente contra algo ou alguém que estava dentro de mim.
Não sei ao certo o que foi que me aconteceu. Mas sei, disso tenho certeza, porque tudo aconteceu.
Eu estava à procura de algo. Talvez de mim mesma.
Nesta procura eu me perdi. Desesperei-me. Havia percorrido um caminho o qual não estava encontrando o retorno. Estava só.
Havia apenas dois caminhos. Se eu continuasse em frente, perderia-me para sempre. Se eu retornasse, voltaria a minha vida de antigamente, sem luz e sem cor. O que fazer?
Senti-me numa caverna escura, sem saída, assustada.
Precisava criar outra saída. Nascer novamente.
Começar de novo de onde havia parado.
É como se eu retrocedesse, como num filme, e tivesse que sentir toda a minha vida novamente, só que agora acelerado. Todas as tristezas, angústias, sofrimentos, começaram a passar por mim rápido, mas intensamente.
O sofrimento era físico. Algo que não consigo explicar.
Foram anos de tormento o qual pensei que não fosse acabar nunca, tal intensidade.
Comecei a sentir alivio em alguns momentos. Eram tão raros, que eu logo ficava alerta esperando a volta para aquele pesadelo sem fim.
Embora eu tivesse a sensação de que não fosse acabar nunca, eu continuava lutando. Algo dentro do meu ser me dizia que tudo teria um fim.
Quando vislumbrava aqueles breves momentos de luz, acendia a esperança de que tudo iria melhorar. De que eu um dia iria ser feliz. Não a felicidade que eu havia conhecido nesta vida. Mas uma felicidade genuína e que só algo dentro do meu coração dizia que existia.
Foi esta certeza que me fez conseguir vencer até aqui.
Digo "até aqui" porque sei que continuarei lutando. Não como um batalha, mas apenas como um lugar a ser alcançado. Não um lugar qualquer. Um paraíso descrito nos escritos sagrados ou nos contos de fadas. Mas algo real.
E hoje só tenho uma certeza. Este lugar está aqui. Bem dentro de mim. Eu tive alguns vislumbres dele. Alguns breves momentos, mas que me deu a certeza de ele existe. Foi uma longa e dolorosa caminhada. Mas quando lembro daqueles momentos que DEUS em sua infinita bondade, concedeu-me para que eu pudesse acender a chama da esperança dentro de mim, e que ela pudesse continuar iluminando o meu caminho quando este tornava-se escuro ou tenebroso demais, eu
tenho certeza de que agora já não faz diferença quanto tempo ainda falta para chegar neste lugar tão esperado.
Só o que importa é que eu chegarei lá.

CAPÍTULO 1 - O INÍCIO

Quando criança, a timidez me fez muito infeliz. Não era apenas uma simples timidez, coisa de criança. Era maior. Algo dentro de mim fazia com que eu tivesse medo do mundo e de tudo o que nele habitava.
Tudo me aterrorizava. E com o passar dos anos, outros sentimentos foram se cristalizando em mim como a insegurança, a auto condenação, (eu analisava tudo o que fazia e dizia e constantemente me criticava) e isto foi se tornando meio que doentio.
Quando cheguei à adolescência, eu havia me tornado um bichinho do mato que me escondia de todos e era caçoada constantemente pelas pessoas por causa disso.
Família, amigas, parentes, qualquer pessoa sentia um prazer mórbido de exaltar esta minha timidez.
Eu era taxada de bicho do mato, caipira, e outros adjetivos que posso dizer hoje com toda a certeza, pioram a situação em vez de ajudar. Talvez as pessoas achem mesmo que ajudam uma criança tímida chamando mais atenção sobre ela. Mas a verdade é que
quanto mais se força uma situação, neste caso que me é bem conhecida, mais a criança se retrai, e com certeza ela começa a se achar diferente mesmo. Só que para pior.
Muitos diziam que era até bonitinho. Mas hoje entendo que isto era hipocrisia. Mas algumas destas pessoas acreditavam nisto. Todos acreditamos na hipocrisia.
Isto se prolongou durante anos. Sempre piorando. Passei por situações tão constrangedoras que, anos depois,   ao   me   lembrar,   sentia   novamente   aquela sensação de desespero e impotência que tanto me deixavam amargurada.
Não tinha ninguém que pudesse compreender o que se passava comigo e tão pouco quem se propusesse a me ajudar. Mesmo porque eu nada falava para alguém. E nunca ninguém percebeu o quanto aquilo estava afetando negativamente a minha personalidade.
Mas isto é compreensível. Não somos acostumados a prestar muita atenção no que faz mal aos outros.
Somos criticados, humilhados, mal amados quando crianças e, invariavelmente, criticamos, humilhamos e não aprendemos a amar quando adultos.
Aprendemos a prestar atenção nos outros com senso crítico, mas não aprendemos a fazer o mesmo conosco. Passamos nossa vida toda sem nem ao menos nos conhecermos de verdade. Foi isto que também aconteceu comigo.
Eu não conseguia pedir ajuda, porque, infelizmente o meu orgulho era muito grande e eu havia sido ensinada de que o orgulho é uma qualidade de que necessitamos para poder sobreviver neste mundo.
Acho que, o maior causador de todos estes traumas e infelicidades foi o meu grande orgulho.
Não sei se eu o trouxe de outra vida, mas com certeza ele fez parte da minha educação como faz parte da educação de quase todo ser humano. Quando nos ensinam a competir sempre, em outras palavras entendo que temos que vencer ou sermos melhores do que os outros. Entendo nisto que seja alimentar o orgulho já existente dentro de cada um. Eu me vigiava durante todo
o tempo. Era como se houvesse regras a serem seguidas para que eu não falhasse perante as pessoas.
E não conseguia me perdoar por nada que fizesse de errado. E por causa disso, é claro, eu estava sempre cometendo   erros.   Na   verdade  eu  não  sabia  o  que realmente era certo ou errado, porque tudo o que eu fizesse nunca era realmente bom.
Hoje compreendo que fui me camuflando durante todos estes anos. Fui todas as pessoas que todos pensavam que eu era. Menos eu mesma.
Agora descobria que a infelicidade foi minha companheira fiel durante toda a minha vida.

CAPÍTULO 2 - ADOLESCÊNCIA

Quando tinha 13 anos de idade, comecei a sentir a influência do mundo astral.
Eu comecei a sentir presenças quando despertava durante a noite.
Sentia uma força desconhecida aproximando-se de minha cama que passava à sensação de ser uma pessoa.
Depois estas experiências, que aconteciam durante a madrugada, começaram a acontecer também logo após eu me deitar.
Estes "visitantes" como eu me referia, chegavam, marcavam sua presença e depois iam embora.
Como o passar do tempo o espaço entre estas visitas foi-se diminuindo e posso dizer que havia tempos que o meu pior pavor era o momento de dormir. Às vezes eu ficava sentada, tentando manter-me acordada. Mas com o passar das horas eu ia escorregando e quando despertava, eles já estavam ao redor de minha cama.
Na época eu dizia que isto era um inferno na minha vida.
Os anos foram passando, e os visitantes foram ficando.
Eu não conseguia me acostumar.
Fazia de tudo o que mandavam. Algo embaixo do travesseiro, visitas ao centro espíritas, orações.
Eu continuava combatendo-os com as armas que me ensinavam, mas a impressão era que estas armas os fortaleciam cada vez mais.
Eles começaram a me tocar.
Não sentia propriamente a mão, mas a energia tocando-me e vinha-me a sensação de uma mão depois de um abraço, depois de um beijo até que um dia dormi no sofá da sala com medo de ir para cama, (pensei que poderia enganá-los), e acordei  com  alguém  deitado  no sofá as minhas costas empurrando-me, como se quisesse me jogar fora do sofá.
Eu tinha tanto medo que na maioria das vezes me atrapalhava nas inúmeras orações e não conseguia fazer mais nada, a não ser esperar que eles se cansassem de mim e fossem embora.
Eu lutava desesperadamente para levantar e gritar ou correr. O medo transformou-se em pavor e o pavor em desespero. Foi então que passei a ignorá-los. Até certo ponto é claro. Eu, ingenuamente, fingia que estava dormindo para eles irem embora.
Muitas vezes eles demoravam muito para ir embora. Ficavam transitando por ali como se a casa fosse deles.
Os anos passaram, mas eles continuaram. Às vezes mais continuamente, davam-me uma folga. Mas o medo persistia. Eu me acostumei com a presença deles e com o medo também.
Quando eles ficavam algum temo sem aparecer, dava-me um certo alívio, mas sempre na hora de dormir sentia um certo receio.
Algumas vezes tive vontade de perguntar-lhes o que desejavam, e fiz isso. Mas só em pensamento. Eu ficava totalmente imobilizada quando eles se aproximavam.
Não sei se eles não queriam que eu falasse ou abrisse os olhos, ou era o medo que me paralisava.
Aos vinte anos, durante uma noite, acordei e senti alguém me prendendo os braços e pernas e a sensação foi que havia alguém muito forte em cima de mim querendo me possuir. Foi tamanho desespero que quando tudo passou, eu mal conseguia respirar.
Algumas semanas depois, sofri realmente um abuso sexual.
Não sei se aquilo foi um aviso ou foi alguém no astral que atraiu alguém no físico. Mas, hoje entendo, que se aquilo aconteceu, foi porque atrai de alguma forma. Eu era muito reprimida sexualmente. Reprimia-me. 
Inconscientemente eu posso ter atraído algo para ajudar a me reprimir mais ainda. Isto é um dos motivos, mas muitos outros podem ter sido o causador de tal fato.
Depois disso o desequilíbrio emocional já marcado em minha vida piorou e as coisas foram acontecendo de tal maneira que se antes era ruim, depois ficou muito pior.
Não consegui realização, equilíbrio e felicidade em nenhum aspecto de minha vida. Familiar, sentimental, profissional, enfim, nada parecia dar certo para mim. Ou melhor, dizendo, eu não conseguia me encaixar em nada, em lugar algum, com ninguém.
Aos 28 anos fui mãe. Tive um filho que começou a mudar a minha visão da vida.
Alguém dependia inteiramente de mim e não tinha muito tempo para pensar em mais nada a não ser nele.
Melhor dizendo, eu aproveitei que tinha alguém que dependia de mim o tempo todo, e me esquivei de procurar solução para os desequilíbrios de minha vida. Todos viviam dizendo que era normal ter problemas. Normal às coisas não darem certo e até normal ser de certo modo insatisfeita com a vida.
No entanto, aquela antiga insatisfação, sensação de solidão, um grande vazio dentro de mim, já conhecido há muito tempo, tudo foi voltando aos poucos.



sábado, 15 de janeiro de 2011

NOSSA MENTE

No processo de auto conhecimento, fui descobrindo a grande capacidade mental que estava adormecida dentro de mim.
No começo foi como se estivesse desvendando algum mistério, mas ao poucos fui me acostumando porque resolvi estudar a respeito de toda a energia que eu estava sentindo aflorar.
Tudo o que lia e achava que só acontecia com outras pessoas, estava acontecendo comigo.
A energia que sentia não era só minha. Aos poucos, aprendendo mais sobre mediunidade, espiritualidade e as inúmeras terapias alternativas que estudam incansavelmente as energias existentes, comecei a aprender mais sobre o mundo astral.
É como se visse tudo com a mente. Sei que esta lá. Sinto com os meus sentidos.
Um aroma, uma voz, uma presença.
A presença espiritual existe com certeza, e demorou muito até que eu entendesse e vivenciasse isso.
Estas presenças se manifestam continuamente em nossos pensamentos.
E constantemente temos a certeza de que são realmente nossos pensamentos.
Seria impossível enumerar aqui todos estes processos de invasão em nossa mente por parte destes irmãos que como nós, estão na escala evolutiva a caminho do entendimento perfeito do equilíbrio da vida.
Quando cansamos de procurar o que temos certeza que nos fará seres completos, realizados e felizes e continuamos a sentir aquele imenso vazio dentro de nós, aumentando cada vez mais, sem perspectiva nenhuma de encontrar o que queremos, então começamos a olhar dentro de nós mesmos e para nossa surpresa nos deparamos com alguém estranho morando lá.
Não nos reconhecemos verdadeiros e sim como falsas personalidades que se impõem e querem continuar vivendo aquele mundo falso que construímos a partir dos inúmeros condicionamentos pelos quais são impostos a nós durante toda a vida.
E são a estas falsas personalidades que são endereçadas as inúmeras obsessões dos nossos irmãos do mundo astral.
Eles conseguem penetrar no nosso mental de tal forma que o nosso mais secreto segredo, desejo ou pensamento torna-se para eles uma imensa fonte de manipulação sobre nós.
Tudo é usado da forma mais sutil para que pensemos que tudo faz parte de nossa vontade.
Alguém que sempre teve um comportamento calmo e ponderado, torna-se, gradativamente, uma pessoa nervosa, impaciente e muitas vezes insuportável sem que ninguém compreenda o porque de tal transformação.
Tudo tem que parecer natural na pessoa, para que ela não perceba a influência.
Se a pessoa desconhece os assuntos espirituais, não é necessário tanta sutiliza, mas se é alguém que sabe que todos nós estamos sujeitos a esta influência, tudo é feito de uma forma mais demorada, mais estudada, para que ela realmente esqueça tudo o que aprendeu e baixe a guarda dando oportunidade ao início da influência.
Existe com certeza a influência positiva, de espíritos amigos que querem nos ajudar na nossa caminhada evolutiva.
E esta influência se faz presente na nossa consciência, tantas vezes quantas se fizer necessária.
Mas raras vezes a ouvimos.
Quanto mais for a nossa sintonia com as coisas materiais, menos vamos ouvi-la.
Isto acontece porque ela, a nossa consciência, o nosso eu verdadeiro, fala sobre coisas as quais não estão presentes aqui, entre as coisas criadas pelo homem.
Ela fala sobre as coisas criadas por Deus, sobre a nossa verdadeira essência, sobre a sinceridade, a fraternidade, a renúncia, a humildade perante o imenso universo criado pelo nosso Pai Maior, sobre o amor.
O amor a Deus e ao nosso semelhante.
Este amor, os espíritos de luz estão sempre nos incentivando a encontrarmos dentro de nós mesmos.
Eles também nos aconselham, mas com a diferença que esta voz chega até nós como um direcionamento, uma escolha, respeitando sempre o nosso livre arbítrio.
Já os espíritos, que desencarnaram sem sequer terem tentado conhecer este lado da vida que nos fala o coração, pelos mais variados motivos, ficam nos incentivando a fazer ou dizer coisas as quais, embora lhes de imenso prazer no momento em que eles conseguem uma vitória, mais tarde é motivo de grande arrependimento tanto de nossa parte como da deles também.
Isto tudo acontece somente pela nossa imensa ignorância sobre nós mesmos e pelo mundo espiritual, sempre presente, quer acreditemos ou não.
A falta do auto conhecimento nos faz acreditar em tudo o que nossa mente falar. E é isso exatamente o que eles querem.
Que acreditemos nos nossos pensamentos. Porque é onde eles penetram para nos comandarem a seu bel prazer.
Onde eles estão não importa nem tempo nem espaço, porque isso não existe. Eles têm todo o tempo livre para nos assediar e se aproveitam disso porque sabem que se insistirem, não importa quanto tempo levar, nem quais os argumentos que usarão, em um determinado momento, quando baixarmos a guarda, eles vencerão.
Será que quando Jesus dizia: "orai e vigiai", ele não estava se referindo a isso?
Quantas vezes passamos toda uma vida lamentando algo que fizemos e que teve conseqüências desastrosas simplesmente por deixar que o nosso orgulho e vaidade nos fizesse tomar atitudes impensadas.
Nossos pensamentos emitem sons e Deus nos fala pelo silêncio.
Somente quando conseguimos silenciar nossa mente é que conseguimos ouvi-lo.
E isto infelizmente não se ensina, mas se aprende tentando, treinando, meditando, orando e vigiando.
Costumamos dizer que para conhecer alguém, precisamos passar algum tempo com ela.
Para nos conhecermos é preciso também passar algum tempo com nós mesmos.
Sem medo do que vamos encontrar, mas sendo honestos o bastante para nos olharmos de frente e nos aceitarmos como somos e reconhecermos as nossas falhas, sempre tentando nos aperfeiçoar de acordo com as leis que regem o universo.
Não temos que reconhecer as falhas em nosso caráter perante ninguém. Somente perante nós e Deus.
Isto é uma conduta que temos que ter diariamente. Todas as horas, todos os dias, todos os meses, todos os anos, toda a vida.
Isto tem que fazer parte de nossa respiração. Vivenciar isto é conhecermo-nos um pouco todos os dias.
E quando nos conhecemos, quando sabemos quem somos, encaramos as nossas falhas sem nos enganar nem tentar enganar a Deus. Aprendemos que se temos falhas, elas podem e devem ser reparadas e nesta reforma íntima, deixamos de sintonizar com influências e energias negativas que nos incentivam a fazer o que muitas vezes não queremos, mas fazemos porque lá no fundo de nós existe uma queda para aquela influência.
A reforma íntima é feita no que se passa no nosso ser mais íntimo. E para ter acesso ao que esta tão bem guardado só nos revelando por inteiro, sem medo, sem vergonha, sem culpa.
Hoje compreendo que existem dois caminhos a seguir:
Pelo amor ou pela dor. Eu escolhi o da dor.
Mas não é necessário que seja assim.
A dor é causada quando insistimos em alimentar o nosso orgulho.
Só somos atingidos por tudo de negativo neste mundo, porque queremos manter nosso orgulho intacto.
É ele que alimenta a nossa vaidade, ira, intolerância.
Só quando algo o atinge, (uma ofensa, uma rejeição ou um NÃO da vida) é que nos desequilibramos, adoecemos ou sofremos. E isto só acontece quando exigimos dos outros aquilo que falta em nós. Exigimos obediência, tolerância, humildade. Isto nos desarmoniza com nós mesmos e com os outros que são obrigados a viver conosco e com a nossa prepotência.
E não recebendo isto de quem queremos, e na hora que queremos, fere nosso orgulho. E isto dói. E é esta dor que nos traz as inúmeras doenças em nosso corpo, mente e alma.
E só somos atingidos pelos moradores deste universo paralelo ao nosso, quando estamos em desequilíbrio e em desarmonia com os outros e com nós mesmos.
Quando deixarmos de sintonizar com estes irmãos, nos tornaremos seres melhores, mais sadios de corpo, mente e espírito, e deixaremos de sermos conduzidos por eles e começaremos a tomar direcionamento em nossa vida e realizaremos aquilo que nos propomos quando encarnamos neste planeta.
Só então estaremos em perfeita harmonia com Nós mesmos, com o Universo e com Deus.
Tenho certeza de que ajudando-nos estaremos ajudando também todos os que nos cercam, sejam encarnados ou desencarnados, e assim tornaremos nossas vidas mais fáceis, felizes e em paz.
Não só a nossa vida atual, mas nas nossas próximas existências também.



segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ENXERGAR O QUE ESTA A FRENTE




Quantas vezes já ouvimos alguém dizer que: "Acredito desacreditando" ou que "Sou igual a São
Tomé, preciso ver para crer".
Porque acreditamos apenas naquilo que os olhos do corpo físico enxerga sendo que mesmos eles, muitas vezes nos enganam?
Quantas vezes os nossos olhos nos enganaram?
Olhamos alguém e nos deixamos iludir por sua boa aparência, sua beleza, seu carisma e tempos depois, após meses ou anos de convivência, descobrimos muitas vezes falhas no seu caráter, às vezes muito grave, que não havíamos nos dado conta durante todo o tempo de convivência. Tudo porque nos deixamos nos enganar por aquilo que os nossos olhos captaram num primeiro momento.
Inúmeras vezes nos enganamos ao olharmos algo ou alguma situação e julgamos, acusamos e provocamos situações embaraçosas, quando não chegamos até mesmo a prejudicar pessoas inocentes, tudo porque acreditamos naquilo que apenas os olhos vêem.
Raramente as pessoas se dão ao trabalho de analisar o que se apresenta a sua frente, sem preconceitos, sem conceitos morais adquiridos por uma educação falha, por uma sociedade mais falha ainda.
Porque, ainda hoje, com tantas inúmeras provas, testemunhas, estudos, tantas pessoas se recusam a acreditar na existência do invisível?
Como então é aceitável, por estas mesmas pessoas, a existência do amor, do ódio, da tristeza, e de inúmeros outros sentimentos que ninguém pode ver?
E a dor? Todos já sentiram alguma vez a dor em algum momento de suas vidas. Não só a dor física, mas também a dor do coração.
Podemos encontrar a explicação científica para a dor, mas ainda assim continuamos sem poder enxergá-la com os nossos olhos.
Porque então não acreditar que nós não deixamos de existir quando é constatada a morte do corpo?
Como é possível acreditar que no Universo, onde se encontram bilhões, trilhões, não sei quanto, de pontinhos luminosos que denominamos estrelas, planetas, existam vida como na Terra, é possível também acreditar que podemos continuar existindo em algum outro lugar depois que o nosso corpo morre aqui, na Terra.
Muitas religiões pregam a vida após a morte e isto se torna um imenso consolo para aqueles que aqui continuam, porque esta certeza dá-lhes a esperança do reencontro com os seus entes queridos que já se foram.
Mas sem entrar no mérito da religião nem do que elas proporcionam aos seus adeptos como consolo, o fato de a vida continuar é lógico.
E a lógica, para os céticos, é um caminho razoável para entender coisas como a vida após a morte, reencarnação, carma, causa e efeito, influência dos espíritos que já viveram entre nós, em nossa vida diária, enfim, de inúmeras coisas que fazem parte de nossa vida cotidiana e nós não aceitamos, ou se aceitamos e declaramos até que acreditamos, não damos a devida importância a isto como se "isto" não nos influenciasse de modo algum.
O difícil não é encontrar literatura que fale a respeito, nem provas disto, mas abrir a mente e deixar entrar outras   possibilidades   além   daquelas  que   estão  tão
enraizadas, que não deixam espaço para mais nenhuma outra.
Li em um livro que "O conhecimento vem de fora, mas a sabedoria vem de dentro".
Existem muitas maneiras de adquirir conhecimentos.
E sabedoria, quantas maneiras existem para despertá-la dentro de nós?

sábado, 4 de setembro de 2010

DEPRESSÃO

Infinita dor que nos sufoca e nos aniquila, um mundo totalmente sem cores, sem luz, sem vida. Um deserto dentro do peito que nos sufoca e invariavelmente leva-nos a um desespero desconhecido daqueles que procuram entende-lo didaticamente. Desconhecido na maioria das vezes até por aqueles que dela sofrem.
Como explicar a angústia que causa tamanha dor, que chega a ser sentida fisicamente?
E como querer que alguém entenda tal coisa?
Como alguém que não a sente pode entendê-la?
É penoso quando gritamos sem emitir som algum para que alguém nos ajude.
E mais penoso ainda é alguém querer ajudar sem saber como.
Já havia ouvido falar de depressão antes de descobrir que sofria também deste mal. Mas como a maioria das pessoas, acreditava que era normal sofrer em algum momento de nossas vidas.
Eu só não sabia que sofria o tempo todo. E sabia menos ainda que a maioria das pessoas sente a mesma coisa achando também que é normal.
Alguns me disseram que depressão não tem cura.
Outros que podemos viver muito bem, sabendo controlá-la através de remédios, terapia, etc. Mas encontrei raros que, como eu hoje sei, me disseram que sim, há cura. E esta cura, encontrei a partir do momento em que acreditei na minoria. Nem sempre o que procuramos iremos encontrar onde todos procuram.
Existem caminhos alternativos, mas o medo nos impede de trilhá-los.
Mas mesmo acreditando nestes caminhos, é muito difícil vencer o medo. Às vezes, sentimo-nos quase que impossibilitados pelo medo. Ele nos paralisa.
Neste momento precisamos de algo mais. Algo ou alguém de fora que nos impulsione de encontro à cura.
E quando não encontramos ninguém é necessário que encontremos algo.
Eu acreditei. Tive medo. Muito medo. Mas encontrei. Alguém sim. Mas quem encontrei, ofereceu-me amor, mas não soluções. Então precisei encontrar algo que retirasse tão grande mal de dentro de mim.
E encontrei.
Eu acreditei que me curaria. E me curei.