segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ENXERGAR O QUE ESTA A FRENTE




Quantas vezes já ouvimos alguém dizer que: "Acredito desacreditando" ou que "Sou igual a São
Tomé, preciso ver para crer".
Porque acreditamos apenas naquilo que os olhos do corpo físico enxerga sendo que mesmos eles, muitas vezes nos enganam?
Quantas vezes os nossos olhos nos enganaram?
Olhamos alguém e nos deixamos iludir por sua boa aparência, sua beleza, seu carisma e tempos depois, após meses ou anos de convivência, descobrimos muitas vezes falhas no seu caráter, às vezes muito grave, que não havíamos nos dado conta durante todo o tempo de convivência. Tudo porque nos deixamos nos enganar por aquilo que os nossos olhos captaram num primeiro momento.
Inúmeras vezes nos enganamos ao olharmos algo ou alguma situação e julgamos, acusamos e provocamos situações embaraçosas, quando não chegamos até mesmo a prejudicar pessoas inocentes, tudo porque acreditamos naquilo que apenas os olhos vêem.
Raramente as pessoas se dão ao trabalho de analisar o que se apresenta a sua frente, sem preconceitos, sem conceitos morais adquiridos por uma educação falha, por uma sociedade mais falha ainda.
Porque, ainda hoje, com tantas inúmeras provas, testemunhas, estudos, tantas pessoas se recusam a acreditar na existência do invisível?
Como então é aceitável, por estas mesmas pessoas, a existência do amor, do ódio, da tristeza, e de inúmeros outros sentimentos que ninguém pode ver?
E a dor? Todos já sentiram alguma vez a dor em algum momento de suas vidas. Não só a dor física, mas também a dor do coração.
Podemos encontrar a explicação científica para a dor, mas ainda assim continuamos sem poder enxergá-la com os nossos olhos.
Porque então não acreditar que nós não deixamos de existir quando é constatada a morte do corpo?
Como é possível acreditar que no Universo, onde se encontram bilhões, trilhões, não sei quanto, de pontinhos luminosos que denominamos estrelas, planetas, existam vida como na Terra, é possível também acreditar que podemos continuar existindo em algum outro lugar depois que o nosso corpo morre aqui, na Terra.
Muitas religiões pregam a vida após a morte e isto se torna um imenso consolo para aqueles que aqui continuam, porque esta certeza dá-lhes a esperança do reencontro com os seus entes queridos que já se foram.
Mas sem entrar no mérito da religião nem do que elas proporcionam aos seus adeptos como consolo, o fato de a vida continuar é lógico.
E a lógica, para os céticos, é um caminho razoável para entender coisas como a vida após a morte, reencarnação, carma, causa e efeito, influência dos espíritos que já viveram entre nós, em nossa vida diária, enfim, de inúmeras coisas que fazem parte de nossa vida cotidiana e nós não aceitamos, ou se aceitamos e declaramos até que acreditamos, não damos a devida importância a isto como se "isto" não nos influenciasse de modo algum.
O difícil não é encontrar literatura que fale a respeito, nem provas disto, mas abrir a mente e deixar entrar outras   possibilidades   além   daquelas  que   estão  tão
enraizadas, que não deixam espaço para mais nenhuma outra.
Li em um livro que "O conhecimento vem de fora, mas a sabedoria vem de dentro".
Existem muitas maneiras de adquirir conhecimentos.
E sabedoria, quantas maneiras existem para despertá-la dentro de nós?

sábado, 4 de setembro de 2010

DEPRESSÃO

Infinita dor que nos sufoca e nos aniquila, um mundo totalmente sem cores, sem luz, sem vida. Um deserto dentro do peito que nos sufoca e invariavelmente leva-nos a um desespero desconhecido daqueles que procuram entende-lo didaticamente. Desconhecido na maioria das vezes até por aqueles que dela sofrem.
Como explicar a angústia que causa tamanha dor, que chega a ser sentida fisicamente?
E como querer que alguém entenda tal coisa?
Como alguém que não a sente pode entendê-la?
É penoso quando gritamos sem emitir som algum para que alguém nos ajude.
E mais penoso ainda é alguém querer ajudar sem saber como.
Já havia ouvido falar de depressão antes de descobrir que sofria também deste mal. Mas como a maioria das pessoas, acreditava que era normal sofrer em algum momento de nossas vidas.
Eu só não sabia que sofria o tempo todo. E sabia menos ainda que a maioria das pessoas sente a mesma coisa achando também que é normal.
Alguns me disseram que depressão não tem cura.
Outros que podemos viver muito bem, sabendo controlá-la através de remédios, terapia, etc. Mas encontrei raros que, como eu hoje sei, me disseram que sim, há cura. E esta cura, encontrei a partir do momento em que acreditei na minoria. Nem sempre o que procuramos iremos encontrar onde todos procuram.
Existem caminhos alternativos, mas o medo nos impede de trilhá-los.
Mas mesmo acreditando nestes caminhos, é muito difícil vencer o medo. Às vezes, sentimo-nos quase que impossibilitados pelo medo. Ele nos paralisa.
Neste momento precisamos de algo mais. Algo ou alguém de fora que nos impulsione de encontro à cura.
E quando não encontramos ninguém é necessário que encontremos algo.
Eu acreditei. Tive medo. Muito medo. Mas encontrei. Alguém sim. Mas quem encontrei, ofereceu-me amor, mas não soluções. Então precisei encontrar algo que retirasse tão grande mal de dentro de mim.
E encontrei.
Eu acreditei que me curaria. E me curei.